Neste filme, Laerte conjuga o corpo no feminino e analisa conceitos e preconceitos. Não em busca de uma identidade, mas em busca de não identidades. Laerte é filha e filho, avó e avô; pai de três filhos, embora órfão de um. Laerte é aquele que anda com a filha pelo corredor como pai e mulher; que, mesmo sem um útero, gesticula. Laerte cria e envia criaturas para encarar a realidade no mundo fictício das histórias em quadrinhos como uma vanguarda do eu. E, nas ruas, aquele que se torna a ficção de um personagem real. Laerte, de todos os corpos, e de nenhum, complica todos os binários. Ao seguir Laerte, este documentário escolhe vestir a nudez além da pele que habitamos.